São Tomé e Príncipe acolhe a Reunião anual dos Diretores de Programas Alargados de Vacinação da África Central

São Tomé e Príncipe acolhe a Reunião anual dos Diretores de Programas Alargados de Vacinação da África Central

São Tomé – Começou hoje, 9 de setembro, em São Tomé e Príncipe, e vai até o dia 12, a Reunião Anual dos Diretores Nacionais do Programa Alargado de Vacinação (PAV) da África Central. Este é um importante fórum regional que reúne especialistas, responsáveis políticos e parceiros internacionais com vista a reforçar os sistemas de vacinação e a acelerar os progressos rumo à eliminação de doenças evitáveis por vacinação, subordinado ao tema “Repriorizar a vacinação na África Central num mundo em transformação: “otimizar recursos, mobilizar estratégias inovadoras e redinamizar parcerias para reforçar o impacto dos programas de vacinação”, 

A reunião visa proporcionar um espaço de partilha de experiências e aprendizagem mútua, com foco em estratégias para alcançar as crianças zero-dose (crianças que não têm nenhuma vacina), introdução de novas vacinas (incluindo contra o HPV - Papilomavírus Humano e o paludismo), o reforço do financiamento sustentável para a vacinação, bem como integrar soluções digitais e de equidade nos programas de saúde.

O ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Dr. Celso Matos, reconheceu, durante a cerimónia de abertura, a importância da vacinação como um pilar essencial da saúde pública na África Central. “A vacinação é um direito fundamental e um investimento estratégico no desenvolvimento humano. Nenhum país, por maior ou menor que seja, pode enfrentar sozinho todos os obstáculos. A força da nossa região está na união, na partilha de experiências e no trabalho conjunto para soluções duradouras”.

Em representação do Sistema das Nações Unidas, o Representante da Organização Mundial da Saúde, Dr. Abdoulaye Diarra, reconheceu os desafios atuais existentes nos países da África Central, mas ressaltou a necessidade de trabalhar em conjunto para superar os desafios.

“Juntos vamos construir as bases para uma cobertura de imunização universal, equitativa e sustentável para a nossa sub-região. A vacinação não é apenas uma prioridade de saúde, mas também um investimento social, económico e político”.

O encontro, organizado pelo Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), conta com a participação de mais de 100 representantes provenientes de dez países da África Central (Angola, Burundi, Camarões, Chade, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, 

República Democrática do Congo, República do Congo e São Tomé e Príncipe), de instituições internacionais e de organizações parceiras.

A representante da Gavi, a Aliança de Vacinação, Antoinette Eya Awaga, reafirmou o compromisso da organização em apoiar os países da África Central na construção de sistemas de saúde mais sólidos e equitativos, com a vacinação como um dos principais pilares. 

“Continuaremos empenhados ao vosso lado, para investir no vosso sucesso. A reforma da gestão das subvenções que a Gavi está a empreender visa simplificar e racionalizar os processos, oferecer-vos um financiamento mais flexível e garantir um apoio alinhado com as vossas prioridades nacionais”.

São Tomé e Príncipe tem demonstrado avanços significativos no campo da vacinação. Em 2022, o país alcançou uma taxa de cobertura de 94% para a terceira dose da vacina pentavalente — superando amplamente a média regional de 74%. Este feito evidencia o forte empenho do país na proteção da saúde das suas crianças.
No entanto, entre 2019 e 2023, a cobertura sofreu uma ligeira redução para 87%, reflexo do impacto da pandemia da COVID-19. Apesar disso, o Programa Alargado de Vacinação em São Tomé e Príncipe mantém uma base sólida, garantindo de forma contínua o acesso a vacinas essenciais como a da poliomielite, sarampo, tétano, difteria e tosse convulsa.

Este encontro regional dá seguimento às edições anteriores realizadas em Kinshasa (República Democrática do Congo, 2024) e Douala (Camarões, 2023), consolidando-se como um espaço essencial de coordenação técnica, partilha de experiências e inovação para o fortalecimento dos programas de imunização na sub-região.

Ao longo destes quatro dias, os países participantes irão avaliar os avanços desde a última reunião, identificar os principais desafios persistentes e propor soluções práticas e colaborativas para reforçar o desempenho dos seus programas nacionais de vacinação.

 

 

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Edlena Barros
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WHO Sao Tome and Principe
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