Feature Stories

Combater a cólera na linha da frente nas províncias mais afectadas de Angola

 

Luanda - "Pensei que não ia sobreviver", conta Abel Kanivete, natural da província angolana do Cuanza Sul, na costa ocidental do país. “Havia tantas pessoas no centro de tratamento da cólera. Temia que as enfermeiras não conseguissem tratar de todos, mas elas trataram e estou vivo graças a elas.” Kanivete é um dos mais de 18 000 angolanos afectados pelo actual surto de cólera, declarado no final de Janeiro de 2025.

A digitalização está a revolucionar a resposta moçambicana à malária

Maputo ‒ Filipe Basílio, encarregado de escritório para a avaliação e monitoramento do programa moçambicano de combate à malária na província de Nampula, norte do país, recorda a árdua tarefa de recolher e analisar dados que fazia parte do seu trabalho quotidiano: “Todas as ferramentas de registo de informação eram manuais e demorava-se muito tempo a fazer chegar os dados ao Ministério, porque os agentes comunitários tinham de apresentar, ao final do dia, os seus relatórios ao supervisor, o qual os reenviava então para o nível distrital, em seguida para o nível provincial,

Angola adopta medidas para melhorar o acesso à água potável e combater a cólera

Luanda - Manuel Domingos, líder comunitário do bairro Mussenga, na província de Icolo e Bengo, no noroeste de Angola, lembra-se de uma altura em que o abastecimento de água à sua comunidade era efectuado por um “tanque de água não confiável”. Esta situação é comum em Angola, onde, de acordo com dados do governo, cerca de 44% da população não tem acesso a água potável e apenas 55% tem saneamento adequado. Nas zonas rurais, estes números são ainda mais baixos, aumentando o risco de doenças como a cólera.

Reforço da deteção activa de casos de cólera em Angola

Luanda - Numa manhã de finais de janeiro de 2025, Júlia Armando encontrou a sua mãe de 68 anos caída no chão, com diarreia grave e vómitos. "É uma situação que nunca tinha visto antes... foi um choque ver a minha mãe deitada no chão sem forças", conta. Armando levou a mãe para o centro de tratamento de cólera mais próximo, onde foi tratada e, felizmente, recuperou totalmente.

Ernesto Cabral, Cabo Verde Antigo técnico de laboratório

Aos 78 anos, Ernesto Cabral sabe o que é o altruísmo. Corre-lhe nas veias. Ernesto é sobrinho de um dos maiores líderes anti-coloniais de África e herói nacional de Cabo Verde, Amílcar Cabral. Enquanto o seu tio dedicou a sua vida à luta contra as potências coloniais em África, Ernesto escolheu lutar contra uma doença que mata uma criança africana a cada minuto: o paludismo.

Mauritânia: tabagismo em declínio com a aplicação de uma lei

Nouakchott – Ifrah, 36 anos, fumava desde os 13 anos de idade. Nunca pensou que um dia poderia deixar de fumar. Entrou no círculo vicioso do tabagismo ao imitar adultos consumidores de tabaco em Cansado, o bairro onde cresceu em Nouadhibou, Mauritânia . “Para mim, fumar significava ser ousado e maduro. Mas era apenas uma ilusão.”

Em Moçambique a OMS apoia na monitoria dos impactos das Mudanças Climáticas na Saúde

Nos últimos dois anos, a província de Sofala vem ressentindo com maior intensidade, dos efeitos das mudanças climáticas, especialmente dos ciclones tropicais. Esta situação impõe grandes desafios ao sector da Saúde, não apenas devido a destruição das infra-estruturas de saúde, mas principalmente pela eclosão de doenças sensíveis ao clima, com destaque para doenças diarreicas e malária.