Angola e Namibia Conjugam Esforços Contra a Malária

Angola e Namibia Conjugam Esforços Contra a Malária

Oihole e Engela (Angola e Namibia), 26 de Abril de 2017 – Os Ministros da Saúde de Angola e da Namíbia, Dr. Luís Gomes Sambo e Dr. Bernard Haufiku, reafirmaram terça-feira, nas localidades de Oihole e Engela, a vontade comum de reforçarem as medidas de prevenção e controlo da malária, além de outras acções de cooperação bilateral na área da saúde.

Declarações neste sentido foram feitas durante uma celebração conjunta do Dia Mundial contra a Malária cuja primeira parte teve lugar no município de Oihole, no sul de Angola, e a segunda parte em Engela, no norte da Namíbia, sob o lema «Acabar de Vez com o Paludismo». Os ministros da saúde dos dois países chefiaram as respectivas delegações. 

A mensagem da Directora Regional da OMS para África sobre o Dia Mundial contra a Malária teve um especial destaque na cerimónia realizada em Angola e foi lida pelo Dr. Jean Marie Kipela,  Team Leader da equipa de vacinação, em nome do Representante da OMS em Angola.

Os ministros da saúde de Angola e da Namíbia concordaram em actualizar a  Iniciativa Trans-Cunene para o Controlo da Malária (TKMI), assinada em Abril de 2011 com o objectivo de reforçar as acções transfronteiriças para o controlo da malária e de outras doenças nas províncias do Cunene e Namibe, em  Angola, e nas regiões do Kunene, Ohangwena e Omusati na Namibia. Estes esforços enquadram-se igualmente na Iniciativa dos Oito para Eliminação na Região da SADC (E8), que inclui Angola, Botswana, Moçambique, Namibia, Africa do Sul, Swazilândia, Zâmbia e Zimbabwe.

Tanto em Oihole (Angola) como em Engela (Namíbia), o foco das intervenções incidiu sobre a importância de medidas de prevenção e de educação contra a malária, assim como no diagnóstico e tratamento correcto de casos  com o envolvimento das comunidades. «A malária pode ser prevenida e podemos derrotar esta doença, com maior empenho e um aumento dos nossos esforços», disseram os dois interlocutores.

«Devemos usar uma só linguagem tanto Português, Inglês, ou Cuanhama (a língua local falada pelas populações dos dois países), dizendo claramente às nossas comunidades para usarem mosquiteiros impregnados, permitirem a pulverização intra-domiciliar e irem à busca de tratamento logo aos primeiros sintomas da doença», sublinhou o Dr. Bernard Haufiku.

O responsável namibiano enfatizou ainda que ambos os países confiam nas suas lideranças e contam com a ajuda de todos os parceiros,  para juntos combaterem a malária e reduzirem o peso desta doença. «As vossas estatísticas e o vosso sofrimento também são nossos», disse Bernard Haufiku, realçando que a Namíbia e Angola não podem estar separadas nesta luta.  

O ministro angolano da saúde, Dr. Luís Gomes Sambo, garantiu por sua vez que os meios para um diagnóstico e tratamento correctos estão a ser assegurados em todo o país. «Com esses meios e a intensificação das medidas de prevenção e de tratamento seremos capazes de controlar a malária», disse o Dr. Luís Sambo, depois de recordar que em 2016 o país registou 4 milhões de casos de malária e 15 mil mortes,  ao enfrentar uma epidemia que ocorreu em simultâneo com a febre-amarela, dengue e chicungunha.  

O Dr. Luís Sambo anunciou que o seu país  vai iniciar em Maio deste ano uma campanha de distribuição massiva de 10 milhões de mosquiteiros impregnados, até 2018. Por fim,  recordou que os países da Região Africana estão também a celebrar a semana mundial da vacinação, e lançou um apelo para que todos cumpram o calendário de vacinação de rotina e evitem as  doenças imuno-preveníveis.

As cerimónias do Dia Mundial de Luta contra a malária nos dois países contaram com a presença de líderes locais de Angola e da Namibia,  do  Governador da Província do Cunene (Angola), General Kundi Paymama, de líderes religiosos, profissionais de saúde,  representantes da sociedade civil e relevantes parceiros da luta contra a malária, incluindo a OMS, o PMI, a Cooperação Cubana e a TKMI.  

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