Rede de Comunicação para a Saúde reforça resposta a emergências em Angola
Angola deu um passo estratégico no fortalecimento da comunicação em saúde pública com a realização de uma formação nacional dedicada ao papel dos órgãos de comunicação social na resposta a emergências sanitárias.
O encontro, promovido pelo Ministério da Saúde (MINSA) e o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), contou com o financiamento da União Europeia e reuniu mais de 100 jornalistas e comunicadores provenientes de 13 províncias do país, reforçando o papel central da comunicação social na proteção da saúde pública.
A formação marcou o início da criação da Rede de Comunicação para a Saúde em Angola, uma plataforma colaborativa destinada a fortalecer a ligação entre órgãos de comunicação, autoridades nacionais e locais e parceiros internacionais, promovendo uma resposta mais eficaz e coordenada em situações de crise sanitária.
Para o Secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Albino, o jornalismo responsável é essencial neste processo, pois quando “praticado com responsabilidade, contribui diretamente para a literacia sanitária, para a coesão social e para a proteção da vida”.
Com debates, exercícios práticos e partilha de ferramentas, os participantes refletiram sobre a importância de combater a desinformação e construir pontes entre a saúde e a comunicação. Neste sentido, a Representante Adjunta do UNICEF em Angola, Louise Moreira Daniels, sublinhou a relevância da imprensa para garantir o direito à saúde, afirmando que é necessário assegurar ‘‘desde o acesso a fontes seguras de informação até à criação de narrativas adaptadas à realidade angolana’’.
Num contexto em que Angola continua a enfrentar desafios como a mortalidade materna e infantil, surtos epidémicos e os impactos das alterações climáticas, a comunicação clara, acessível e baseada em factos assume-se como um pilar essencial da saúde pública.
Com esta iniciativa, o país reafirma o compromisso de assegurar que todos tenham acesso a mensagens corretas e oportunas, capazes de fortalecer a confiança da população no sistema de saúde.
‘‘Acreditamos firmemente que investir na comunicação significa garantir que, perante uma epidemia, uma emergência climática ou uma campanha de vacinação, a população terá acesso a informações úteis para adotar comportamentos saudáveis.’’ Destaca o Representante Interino da OMS em Angola, Dr. Tomás Valdez.