OMS, SEEG e Parceiros Apoiam Angola no Reforço dos Sistemas de Saúde
Luanda, 28 de Julho de 2025 – Em resposta ao surto de cólera em curso em Angola, um programa de formação de duas semanas reuniu especialistas nacionais e internacionais para reforçar a capacidade do país em diagnósticos laboratoriais e vigilância epidemiológica. A iniciativa foi liderada pela Equipa Alemã de Preparação para Epidemias (SEEG), em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
A formação, realizada no Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) com o apoio da Direcção de Saúde Pública para a componente de vigilância, combinou sessões intensivas de laboratório e vigilância. Especialistas de instituições da SEEG, incluindo o Instituto Robert Koch, o Instituto Bernhard Nocht de Medicina Tropical e o Institut Pasteur, bem como da OMS, trabalharam lado a lado com profissionais angolanos para melhorar as capacidades de diagnóstico da cólera e a integração dos dados laboratoriais nos sistemas nacionais de informação em saúde.
Mais de 40 profissionais foram formados, incluindo mais de 20 do INIS e 2 técnicos de laboratório do Cuanza Sul, que participaram em sessões práticas de laboratório centradas no diagnóstico da cólera utilizando métodos de cultura e biologia molecular, testes de resistência antimicrobiana, biossegurança, controlo de qualidade e crioconservação de estirpes de cólera na primeira semana. Na segunda semana, 24 profissionais da DNSP-Luanda receberam formação em técnicas de vigilância, como o uso de dashboards do DHIS2, vigilância baseada na comunidade e mapeamento SIG.

Esta abordagem de Formação de Formadores (ToT) garante que os participantes estão agora capacitados para replicar os seus conhecimentos em todo o país. Como resultado directo, a OMS, com o apoio da Direcção-Geral de Protecção Civil e Operações de Ajuda Humanitária da União Europeia e do Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas, facilitará formações de seguimento, trazendo técnicos de laboratório de várias províncias para o INIS. Esta próxima fase irá descentralizar significativamente a capacidade de diagnóstico e reforçar os sistemas nacionais de vigilância.
O sucesso desta iniciativa destaca o valor da colaboração multissectorial. O apoio técnico de médio prazo da SEEG complementa os esforços contínuos de resposta de emergência da OMS, alinhando-se com as prioridades nacionais de Angola para a preparação para epidemias e sistemas de saúde resilientes.