Luanda, 10 de Junho de 2025 — A Organização Mundial da Saúde (OMS) doou hoje três kits móveis de teste da qualidade da água ao Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS), para reforçar a capacidade de Angola em monitorizar e responder aos riscos de doenças transmitidas pela água — especialmente durante emergências de saúde como o actual surto de cólera.

Estes kits móveis permitem a análise imediata das fontes de água, permitindo às equipas de saúde detectar questões como níveis de pH, concentração de cloro, turbidez e outros indicadores chave de segurança da água — sem os atrasos causados pelo transporte de amostras para os laboratórios.

“Em províncias como a Lunda Norte, enfrentámos sérios desafios na recolha e transporte de amostras de água de comunidades remotas,” disse Alex Freeman, especialista em logística de Saúde e WASH destacado para Angola com o apoio do Centro de Emergência da OMS AFRO em Nairobi. “Agora, com estes kits móveis, podemos realizar testes precisos imediatamente no ponto de recolha, permitindo decisões mais rápidas e uma resposta de saúde pública mais ágil.”

Como parte da implementação, nove funcionários do INIS foram formados no uso dos kits móveis, estando prevista formação adicional para pessoal de outros sectores nas próximas semanas.

Os kits de teste são também uma ferramenta prática para a monitorização de rotina em unidades hospitalares, ajudando a garantir água segura para pacientes e profissionais de saúde. Como parte do mandato da OMS de apoiar a vigilância da qualidade da água, os kits representam um importante reforço operacional tanto para os esforços de saúde preventiva como para a resposta a surtos.

“Este é um grande exemplo de colaboração e apoio direccionado,” disse Simão Nhassengo, especialista em WASH destacado para Angola com o apoio do governo dos Países Baixos. “Estes kits terão um papel importante na monitorização da segurança da água em Angola e, em última análise, ajudarão a prevenir a propagação de doenças transmitidas pela água, como a cólera.”

A iniciativa foi possível graças aos generosos contributos da União Europeia, através do Departamento de Protecção Civil e Ajuda Humanitária da Comissão Europeia (ECHO), e da Embaixada dos Países Baixos, cujo apoio também permitiu destacamentos técnicos para reforçar a capacidade nacional em água, saneamento e higiene (WASH).