OMS apoia iniciativas de Comunicação de Risco para a vacinação contra a COVID-19

OMS apoia iniciativas de Comunicação de Risco para a vacinação contra a COVID-19

Luanda, Angola - Até ao momento, a pandemia da COVID-19 matou mais de 5.5 milhões de pessoas e causou enormes perturbações nas famílias, nas sociedades e nas economias de todo o mundo, e Angola não foi poupada. 


Reforçar a mobilização das populações para tomarem as vacinas contra a COVID19, combinado ao uso de máscaras, lavagem das mãos, distanciamento físico, evitar espaços fechados e sem ventilação, é uma medida crucial para controlar a pandemia da COVID19. 


Para aferir a perceção, atitudes e práticas das pessoas em relação à vacinação contra a COVID-19, bem como o alcance das acções mediáticas realizadas no quadro da campanha de vacinação, a Direção Nacional de Saúde Púbica (DNSP), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF e a USAID, realizaram uma Avaliação Rápida, em todos os muncípios de Luanda. 


O estudo identificou um conjunto de acções que já estão em curso, para melhorar a abordagem de comunicação de risco e promoção da saúde, que incluem o reforço da capacitação dos promotores de saúde; divulgação de forma regular e intensiva nos órgãos de comunicação social, dos meios produzidos durante a campanha de vacinação; ampliação do uso de SMS para a divulgação de informações sobre saúde; e a definição de mecanismo de monitoramento e avaliação da difusão mediática das campanhas e informações de saúde. 


A iniciativa que permitiu gerar evidências para dinamizar acções efectivas em relação à comunicação e engajamento comunitário, envolveu um formulário estruturado com 18 perguntas objetivas e de resposta aberta, 25 entrevistadores e 976 entrevistados. 
No universo de 976 entrevistas realizadas nos 9 municípios da província de Luanda, 895 foram validadas, sendo 662 (62,8%) do sexo masculino e 333 (37,2%) do sexo feminino, entre jovens e adultos. 


Os principais resultados desta Avaliação Rápida, incluem indicadores sobre a percepção sobre a vacinação, acesso à informação e principais rumores espalhados nas comunidades. 
 
Percepção sobre a vacinação 
Sobre as vacinas disponíveis no país, 533 pessoas afirmaram ter ouvido a respeito (59,5%), 227 (25%) nunca haviam ouvido falar e 135 (15%) estavam a ouvir pela primeira vez. O grupo que não as conhecia somam 40% dos entrevistados, o que parece mostrar ainda alguma limitação no acesso à informação.  


Acesso à informação  
Em relação o acesso à informação, 339 dos entrevistados indicaram a Rádio Nacional de Angola (RNA) como sendo a fonte primária de informação, seguido da televisão com 319, Rádios locais com 94, internet com 73 e as redes sociais com 65. 


Ao serem questionados sobre como ficam sabendo das informações sobre saúde, 50% dos inqueridos indicou o mecanismo informal, ou seja, por meio de amigos, colegas ou familiares, seguido das Igrejas (32%) e Agentes comunitários (31%).  


Os dados parecem indicar que, apesar do alto acesso a TV e Rádio, estes meios podem não ser fontes de referência para as questões de saúde, e os agentes comunitários (31%) e postos de saúde (29,5%) juntos, representam 60% da preferência dos entrevistados. Outrossim, a maior parte dos entrevistados (31%) parece gostar de receber mais informações via SMS, pela praticidade e objectividade da informação.  


Principais rumores espalhados nas comunidades. 
O questionário em relação aos rumores permitia marcar várias opções de respostas pré-definidas, sendo que 556 indicaram ter ouvido dizer que não existe Covid-19 em Angola, e por esta razão, não há motivo para apanhar a vacina; 434 indicaram que a vacina tem o objectivo de matar os mais pobres e 447 indicaram que a vacina causa infertilidade na mulher ou é abortiva. 


A Organização Mundial da Saúde reconhece que as vacinas seguras e eficazes são uma das ferramentas mais poderosas para combater a pandemia da COVID-19. Todos, juntos e unidos temos a responsabilidade de continuar a trabalhar para sensibilizar e informar a população, vacinar a todos e controlar a probabilidade de aparecimento de variantes do vírus.  
 

Vacinação do COVID-19.
Vacinação-COVID-19.


 
 

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Olívio Gambo

Oficial de Comunicação
Escritório da OMS em Angola
gamboo [at] who.int
T: +244 923 61 48 57