Angola deu início ao processo de preparação das Contas Nacionais de Saúde

Angola deu início ao processo de preparação das Contas Nacionais de Saúde

Angola deu início ao processo de preparação das Contas Nacionais de Saúde (CNS) para o período de 2020 a 2023, um passo estratégico para reforçar a eficiência e a equidade no financiamento do sector da saúde. O Ministério da Saúde (MINSA) está a liderar este processo, que conta com apoio técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS), e financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), através da iniciativa INTEGRA.

A elaboração das CNS permitirá ao país identificar como os recursos financeiros da saúde são mobilizados, distribuídos e utilizados, contribuindo para uma melhor tomada de decisões e para o avanço rumo à Cobertura Universal de Saúde. O exercício será realizado entre Novembro de 2025 e Abril de 2026, utilizando a metodologia internacional System of Health Accounts 2011 (SHA 2011).

A recolha e análise de dados serão conduzidas em unidades sanitárias e administrações municipais e provinciais das províncias do Bié, Cuando, Malange, Luanda, Uíge e Zaire, abrangendo os sectores público e privado, os doadores internacionais, a sociedade civil, organizações não-governamentais, companhias de seguros, agregados familiares e parceiros de cooperação. 

O apoio da iniciativa INTEGRA permitirá a cobertura de quatro das seis províncias, nomeadamente Bié, Cuando Cubango, Uíge e Zaire. De acordo com o IIMS 2024, estas províncias enfrentam maiores desafios no acesso a serviços essenciais de saúde, reforçando a importância da sua inclusão no estudo.

O estudo irá rever e adaptar os instrumentos de recolha de dados, quantificar os fluxos financeiros da saúde, identificar os serviços prestados e determinar quem beneficia do investimento no sector. O trabalho culminará com a preparação do Relatório das Contas Nacionais de Saúde de Angola 2020–2023, alinhado com as normas da OMS.

“A elaboração das Contas Nacionais de Saúde representa um marco importante para fortalecer a governação e melhorar a eficiência do sector”, afirmou o Dr. Indrajit Hazarika, Representante da OMS em Angola. “Este exercício responde directamente às prioridades do Governo definidas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023–2027, que destaca o reforço da governação no sector da saúde. Com dados sólidos, Angola estará mais capacitada para orientar recursos onde são mais necessários e garantir que ninguém fique para trás”, reforçou Denise António, Representante Residente do PNUD em Angola. 

A última edição das CNS em Angola remonta a 2011 e analisou o período 2006–2008. Desde então, o país tem enfrentado desafios significativos no financiamento da saúde, desde a pressão crescente sobre a procura de serviços até à necessidade de reforçar os cuidados primários, a vigilância epidemiológica e os investimentos em recursos humanos e infraestruturas.

O novo exercício das CNS surge, portanto, num momento crucial, permitindo ao Governo e aos parceiros identificar áreas de alta prioridade para optimizar a alocação de recursos e fortalecer a resiliência do sistema de saúde.

Para a OMS e o PNUD, apoiar o país no desenvolvimento regular das Contas Nacionais de Saúde é essencial para promover a sustentabilidade financeira do sector e contribuir para um sistema de saúde mais robusto e equitativo, capaz de responder às necessidades de todos os angolanos.

Click image to enlarge
For Additional Information or to Request Interviews, Please contact:
Rosa Pedro

Communication Assistant
WHO Angola
rpedro [at] who.int (rpedro[at]who[dot]int)