Acabar com a poliomielite em Angola: cada criança, uma vacina, em qualquer lugar

Acabar com a poliomielite em Angola: cada criança, uma vacina, em qualquer lugar

No âmbito do Dia Mundial da Pólio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, em parceria com a Associação JUCARENTA, a administração municipal e líderes comunitários, organizou uma Roda de Saúde na Comunidade em São Pedro da Barra, no município do Hoje-Ya-Henda, em Luanda. O evento reuniu especialistas em saúde, autoridades locais e cidadãos, com o objectivo de reforçar a importância da vacinação contra a poliomielite e reafirmar o compromisso de erradicar a doença em Angola.

A poliomielite é uma doença incapacitante, mas pode ser totalmente prevenível por meio da administração de uma vacina segura e eficaz. Infelizmente, a ameaça persiste enquanto houver crianças não vacinadas. Por conseguinte, o evento teve como objectivos reforçar a confiança pública na vacinação, envolver os jovens e os líderes comunitários, fortalecer as colaborações estratégicas entre os parceiros e reafirmar o compromisso colectivo de acelerar a erradicação da poliomielite.

Durante o evento, Antónia, uma vendedora local, abordou um desafio comum: "Conheço mulheres que nunca vacinaram os filhos porque cresceram a ouvir dizer que as vacinas fazem mal. Nunca ninguém lhes explicou o contrário.” Este testemunho mostra que, muitas vezes, não se trata de falta de vontade, mas sim de falta de informação e de confiança. Iniciativas como a Roda de Conversa, realizadas no coração das comunidades, ajudam a combater mitos e a aproximar os serviços de saúde das famílias.

Durante a Roda de Conversa na Comunidade, foram abordados temas como a situação actual da poliomielite em Angola e no mundo, a importância de manter a vacinação mesmo sem casos confirmados e estratégias para envolver as comunidades na luta contra rumores e desinformação. 

O público participou activamente, colocando questões sobre a segurança da vacina, os locais de vacinação e os desafios enfrentados na vacinação das suas crianças, enquanto os painelistas lançavam questões para estimular soluções conjuntas.

A Roda da Saúde foi mais do que um evento, constituindo um exemplo vivo de como a participação dos cidadãos pode aumentar as taxas de vacinação e proteger as crianças angolanas. 

No final, concluiu-se que é fundamental transformar a mobilização comunitária numa prática decisiva para proteger a saúde das famílias, criando políticas estruturadas, espaços permanentes de diálogo, formando líderes locais e combatendo a desinformação através de campanhas culturalmente adaptadas. O encontro terminou com uma mensagem clara: “Vacinar é proteger. Cada criança vacinada é um passo rumo a um futuro sem pólio!"

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Olívio Gambo

Oficial de Comunicação
Escritório da OMS em Angola
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