Angola: Governo e Parceiros introduzem vacina gratuita contra a Hepatite B como acto de justiça social e equidade em saúde

Angola: Governo e Parceiros introduzem vacina gratuita contra a Hepatite B como acto de justiça social e equidade em saúde

Luanda, 17 de Julho de  2015 - A vacina contra hepatite B foi introduzida no calendário do Programa Alargado de Vacinação (PAV) de Angola como parte dos esforços conjuntos do Governo e dos parceiros da saúde para se reduzir a mortalidade por doenças imunopreveníveis no país. O novo antígeno foi lançado terça-feira, dia 14, durante uma cerimónia presidida pelo Governador da Província de Luanda, Graciano Domingos. Em Luanda, estima-se que 106 mil crianças (cerca de 60%) sejam vacinadas, até Dezembro de 2015.

A iniciativa vai ser implementada em todo o país, com o apoio técnico da OMS e de outros parceiros da vacinação. A introdução da vacina contra a hepatite B também é parte de uma estratégia mais ampla que prevê o aumento da cobertura da vacinação de rotina e a promoção em larga escala da importância do aleitamento materno entre mães e profissionais de saúde.

A cerimónia de lançamento da vacina contra o vírus da hepatite B contou ainda com a presença do Secretário de Estado da Saúde, Dr. Carlos Alberto Masseca, da Directora Provincial da Saúde de Luanda, Dr. Rosa Bessa, do Director do «Hospital Materno-Infantil Lucrécia Paim»,  de Luanda,  Dr. Abreu Pecamena, do Representante da OMS em Angola, Dr. Hernando Agudelo, assim como de autoridades municipais,  directores de diferentes programas do Ministério da Saúde e parceiros.

«A vacina será gratuita e estará disponível nas unidades materno-infantis graças a um financiamento do governo», segundo o Secretário de estado da Saúde. De acordo com as autoridades nacionais de saúde, a hepatite B foi a décima causa de morte em Angola em 2014.

Durante o lançamento, o Representante da OMS em Angola considerou que seria muito importante garantir o acesso universal à vacina contra a hepatite B e reforçar actividades de conscientização entre as comunidades e trabalhadores de saúde para assegurar o benefício desta vacina  a longo prazo, para a saúde. «Se a vacina fôr sustentável e o seu acesso fôr universal, seremos capazes de reduzir a morbidade e mortalidade por esta doença», sublinhou.

Ainda de acordo com o Secretário de Estado da Saúde, ao introduzir massivamente a vacina contra a hepatite B no PAV o Governo angolano executa um «acto de justiça social e de equidade»,  visando  prevenir mortes por cirrose e cancro do fígado e melhorar a saúde das populações.

A OMS recomenda que todos os recém-nascidos recebam a vacina da hepatite B, de preferência nas primeiras 24 horas. Essa primeira dose deve ser seguida de mais três doses (aos 2,4 e 6 meses)  para assegurar a protecção total contra a doença. 

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