Luanda, 21 de Novembro de 2012 -- Informação em saúde é uma componente principal dos sistemas nacionais de saúde. Melhores Sistemas de Informação de Saúde significa um público mais saudável.

O que significa Sistemas de Informação em Saúde? É a recolha, organização, utilização e transmissão de informação fiável e de qualidade sobre saúde humana, que é utilizada para modelar políticas, tomada de decisões, e para monitorizar a situação e as tendências. Na Organização Mundial da Saúde da Região Africana (OMS), os sistemas nacionais de informação em saúde possuiem capacidade limitada de produzir boa qualidade e informação atempada.

Entre as questões abordadas, num relatório apresentado hoje, pelo Director Regional da OMS para África, Dr. Luís Sambo, à Sexagésima-segunda Sessão do Comité Regional para África, a realizar-se actualmente em Luanda, foram: os grandes que enfrentam os sistemas nacionais de informação em saúde na nossa Região e a forma como estes podem ser resolvidos.

No relatório, o Director realçou os desafios que os países enfrentam no reforço dos seus Sistemas Nacionais de Informação em Saúde. Entre estes desafios constam: iniciativas e esforços com vista a obter informação em saúde, que são fragmentados em sectores, níveis, projectos, disciplinas e especialidades. Incluídos estão outros desafios, tais como: fraca criação de evidências para políticas e tomada de decisões, bem como a falta de colaboração entre os intervenientes para analisar eficazmente e partilhar os dados e evidências disponíveis.
 
Para ajudar os países a ultrapassarem alguns dos desafios acima, o Director Regional recomendou que cada país estabelecesse uma plataforma que pudesse servir de Observatório Nacional de Saúde- um repositório online para qualidade da informação em saúde. Dever-se-á criar uma directriz e uma calendarização para este processo. O Director assegurou aos países africanos que a OMS está preparada para dar aconselhamento pormenorizado a apoio técnico, incluindo a preparação de propostas do projecto, modelos genéricos, assistência na organização de seminários de intervenientes e formação específica.

Ao criar-se os Observatórios Nacionais de Saúde (ONSs), o Director Regional recomendou que os países africanos deveriam envolver e coordenar todos os intervenientes em saúde. Dever-se-á inserir um Secretariado no departamento de informação em saúde, do Ministério da Saúde, para interagir com outras unidades no Ministério e nas instituições externas. Também recomendou que os líderes na área da saúde deveriam demonstrar, publicamente, forte apoio pelo Observatório. Dever-se-á incentivar os parceiros internacionais para financiarem os ONSs e a OMS, em particular, deverá dar apoio técnico.

O Director apelou aos países que criaram os ONSs, que se certificassem que os mesmos possuem tecnologias e soluções que vão de encontro as necessidades específicas dos seus países. Os países deverão igualmente facilitar o papel dos ONSs no ensino contínuo, desenvolvendo e fornecendo material didáctico adequado para aprendizagem conjunta.   

O Director concluiu manifestando optimismo que os ONSs melhorarão a partilha e a utilização de informação importante em saúde e conduzirão a uma melhor saúde para os africanos.

Sexagésima segunda sessão do Comité Regional da OMS
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