Luanda, 12  de agosto de 2016 - Angola continua a implementar as actividades da resposta à epidemia de febre amarela, com o lançamento de uma campanha de vacinação massiva para a prevenção de novos casos a ter início no dia 15 de Agosto, com o objectivo de imunizar 3 milhões de pessoas em 12 províncias e 22 municípios. Esta fase consistirá na vacinação em áreas fronteiriças com a República Democrática do Congo (RDC) e a Namíbia, assim como alguns municipios de alto risco de transmissão provável ou suspeita do vírus da febre amarela.

A vacinação massiva é o foco principal da estratégia de resposta para o controlo da epidemia de febre amarela e a prevenção da propagação internacional. Segundo dados disponíveis  até  hoje, Angola vacinou 13 milhões de pessoas contra a febre amarela em 51 municípios de 11 províncias, representando 52% da sua população.

Na luta contra esta epidemia foram realizados progressos dignos de louvor. No entanto, a próxima estação das chuvas previstas para Setembro pode provocar, como é habitual,  um aumento do número de mosquitos e resultar em novos casos. Com o apoio da OMS e de outros parceiros da resposta, o governo de Angola tem estado a reforçar a vigilância epidemiológica, testes de laboratório em tempo útil, a eliminação dos criadouros de mosquitos e a mobilização social, como  principais pilares da resposta nacional.

Até 04 de Agosto de 2016, Angola reportou  um total de 3867 casos suspeitos, dos quais 879 foram confirmados laboratorialmente. Foram notificadas 369 mortes relacionadas com os casos suspeitos, dos quais 119 foram incluídos no número de testes confirmados.

O número de casos atingiu o pico entre finais de fevereiro e início de março, e desde então notou-se um declínio constante. Desde 23 de Junho deste ano, nenhum caso de febre amarela voltou a ser confirmado por laboratório em Angola.

No quadro da resposta nacional à epidemia de febre amarela, e desde o início da epidemia em Dezembro de 2015, a OMS mobilizou mais de 100 especialistas em epidemiologia, vigilância de doenças, vacinação, controlo vectorial, diagnóstico, cuidados clínicos, mobilização social e comunicação de risco para apoiar o Governo de Angola.

Para apoiar o Ministério da Saúde na resposta à febre amarela em Angola, a OMS também instalou um Sistema de Gestão da Emergência, coordenando as intervenções de todos os parceiros, designadamente o Centro de Controlo de Doenças (CDC) da China,  CDC dos EUA, UNICEF, PNUD,  OCHA, MSF, Instituto Pasteur, a Cruz Vermelha Nacional e outras ONGs nacionais e internacionais.

Até à presente data, Angola recebeu 18 milhões de doses do estoque de vacinas contra a febre amarela que é gerido pelo Grupo de Coordenação Internacional para o Fornecimento de Vacinas para o controlo da febre amarela (ICG-FA). Criado em 2001, o ICG para a Febre Amarela é composto por representantes da OMS, UNICEF, MSF e pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC). A sede mundial da OMS em Genebra, Suíça, funciona como Secretariado deste órgão. O papel do ICG-FA tem sido o de garantir uma rápida disponibilidade de vacinas para a febre amarela e o seu uso mais racional em caso de epidemias.

«Em colaboração com os parceiros envolvidos na resposta, a Representação da OMS em Angola tem vindo a prestar apoio técnico e logístico ao Ministério da Saúde para garantir que as vacinas sejam utilizadas de forma eficaz e eficiente, que os municipios estão preparados e dispõem das condições  necessárias para a vacinação de toda a população-alvo; e que o número de população vacinada assim como o estoque de vacinas são contabilizados de uma forma adequada», salienta o Dr. Hernando Agudelo, o Representante da Organização Mundial da Saúde em Angola.

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Para contactos com os media:  

Sr José Caetano, Oficial de Comunicação da OMS em Angola; telef. +244 926546698; Email:  soarescaetanoj [at] who.inttarget="_blank"

Sr Collins Boakye-Agyemang, Conselheiro Regional da OMS para a Comunicação, Sede Regional da OMS,Telef.  +242 06520 6565, Email:  boakyeagyemangc [at] who.int