Bissau, 15/15/2021- De 8 a 13 de novembro, teve lugar uma missão de apoio técnico à região sanitária de Bijagós. O objetivo desta visita, era reforçar nas ilhas, nomeadamente nos centros de saúde e nas comunidades: a prevenção, a vigilância activa e controlo das doenças com potencial epidémico, tais como a COVID-19 ou Ébola.

Para levar a missão a bom porto, a delegação da OMS composta por diferentes pilares (Biomedicina, Coordenação, Comunicação de Risco e Engajamento Comunitário, Prevenção e Controlo das Infecções, Vigilância), visitou às 11 áreas sanitárias de Bijagós. Sendo assim a equipa da OMS, acompanhada por 2 técnicos do governo regional (um responsável de prevenção e controlo das infecções e outro de vigilância), visitou os centros de saúde de Canoga, Canhabaque, Caravela, Formosa, Orango, Orangozinho, Soga, Uno, Unhocomo, Uracane, assim como o Hospital Regional Marcelino Banca em Bubaque.

Os nossos especialistas realizaram diversas actividades, por exemplo verificaram se os centros de saúde têm um sistema eficiente de gestão dos resíduos hospitalares, realizaram a busca activa de casos, através dos registros das consultas externas e de urgências e dialogaram com as comunidades para saber a sua perceção sobre doenças com potencial epidêmico, tais como Ébola ou COVID-19. O nosso técnico de biomedicina, apoiou igualmente os centros de saúde, na reparação e manutenção de vários equipamentos médicos, tais como aparelhos de pressão ou de glicemia. Por último, os nossos técnicos auscultaram os profissionais sobre os principais desafios relacionados com a prestação de cuidados de saúde, nesta zona remota da Guiné-Bissau.

A missão terminou com uma reunião de restituição na Direcção Geral de Saúde, onde expuseram ao Dr. José Nacutum, Director Regional da Saúde e a sua equipa, os resultados preliminares. Nas palavras da Dra. Ivansca Janira Carlos de Medina, admnistradora regional de saúde de Bijagós “Quería dar os parabéns a OMS, nenhuma comitiva tinha visitado os 11 centros de saúde numa única visita”.

Por seu lado, Dr. Gaspard Bossou, responsável de emergências, esclareceu que as ilhas de Bijagós foram escolhidas por duas razões “a primeira é uma região que apesar de estar isolada, está aberta a muitos países, vêm muitos pescadores da Guiné-Conacri, Libéria e Serra- Leoa sem passar pela capital Bissau”. Sendo assim, existe um risco da população do arquipélago estar mais expostas a doenças infecciosas. A segunda explicação segundo o Dr. Bossou  “é uma região isolada da Guiné-Bissau, por isso não tem muito apoio da capital. O apoio que chega é concentrado na ilha de Bubaque”.

O Dr. Bossou, concluiu afirmando que “foi por esses motivos que decidimos fazer uma visita à todas as estruturas sanitárias de Bijagós, e aproximar-nos da população para saber como podemos reforçar ainda mais a saúde no arquipélago”

Para mais informações, contactar o escritório da OMS na Guiné-Bissau:

Av. Pansau Na Isna, frente ao Hospital “Simão Mendes”, Cx. Postal 177 Bissau CODEX 1001

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