A OMS apoia o governo de São Tomé e Príncipe nos seus esforços para melhorar a gestão dos dados de vacinação

A OMS apoia o governo de São Tomé e Príncipe nos seus esforços para melhorar a gestão dos dados de vacinação

São Tomé - O Ministério da Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais, com o apoio da Organização Mundial da Saúde, iniciou, em São Tomé, um workshop de três dias sobre o reforço da gestão de dados de imunização, com particular destaque na estimação das populações-alvo prioritárias para a vacinação em São Tomé e Príncipe.

Os últimos dados sobre a taxa de vacinação contra a COVID-19, partilhados com a OMS e datados de 31 de maio de 2023, revelam uma cobertura vacinal de 5,8% para os profissionais de saúde, 61,9% para os idosos e 139,5% para as pessoas com co-morbidades.

De acordo com os especialistas, estes números reflectem problemas de qualidade dos dados e uma subestimação da dimensão da população-alvo. O objetivo do seminário é, por conseguinte, ajudar a melhorar o sistema de monitorização e avaliação da vacinação no âmbito dos esforços para integrar a vacinação contra a COVID-19 nos cuidados de saúde primários e na vacinação de rotina.

O apoio da OMS inclui assistência técnica através de três peritos internacionais em gestão de dados de Brazzaville e Genebra, que chegaram a São Tomé esta semana para participar no seminário. Estes especialistas juntaram-se à equipa destacada pelo escritório regional da OMS para reforçar o Programa Alargado de Vacinação, desde maio de 2023.

São Tomé e Príncipe introduziu a vacinação contra a COVID-19 como uma das estratégias de resposta à pandemia da COVID-19 em meados de março de 2021. No final de maio de 2023, 51% da população geral do país tinha sido totalmente vacinada, tornando São Tomé e Príncipe o país da África Central com a maior cobertura de vacinação da população geral contra o coronavírus.

O workshop, que se realiza no Hotel Praia em São Tomé, analisa os pontos fortes e fracos do programa de vacinação, e vai elaborar um plano para reforçar a gestão dos dados e ajustará a dimensão da população do grupo-alvo.

Entretanto os problemas com a documentação da vacinação e a fiabilidade das estimativas da dimensão da população não permitem que se haja informações tão precisas quanto possível sobre a cobertura vacinal dos grupos de maior risco, ou seja, os trabalhadores da saúde, os idosos e as pessoas com comorbilidades.

O workshop a decorrer no Hotel Praia, em São Tomé, vai permitir fazer uma análise da situação, o desenvolvimento de um plano para reforçar a gestão de dados e o ajustamento das dimensões da população dos grupos prioritários.

A representante interina da OMS, Dra. Françoise Bigirimana, disse na abertura do evento que, neste período de acalmia e pós-crise da COVID-19, é essencial usar o legado da gestão de dados da COVID-19 não apenas para fortalecer a vacinação, mas também para fortalecer o sistema de informação em saúde em geral.

"Estamos confiantes de que, no final deste workshop, teremos uma melhor compreensão dos pontos fortes e fracos dos sistemas de seguimento e avaliação e dos aspectos que podem ser utilizados na imunização de rotina e nos cuidados de saúde primários".

A Representante da OMS indicou ainda que o plano operacional que sairá deste workshop "será a bússola para todos nós, o Ministério da Saúde e os nossos parceiros, orientando as nossas acções para tomar as decisões certas em saúde pública e medir o progresso em direção à cobertura universal de saúde".

Virigílio Mandinga, Diretor-Geral do Hospital Dr. Ayres de Menezes, em representação do Ministro da Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais, agradeceu o apoio da OMS e dos parceiros na melhoria do sector da saúde.

Em representação do ministro da saúde, trabalho e assuntos sociais, o director-geral do Hospital Dr. Ayres de Menezes, Virgílio Mandinga, agradeceu a OMS e aos parceiros pelos apoios as acções de melhoria ao sector da saúde.

"Graças a este trabalho conjunto e ao intercâmbio de experiências e conhecimentos, poderemos melhorar os nossos sistemas de gestão de dados. Desta forma, poderemos garantir uma cobertura vacinal mais completa, uma melhor resposta aos desafios da COVID-19 e uma base sólida para a promoção da saúde no nosso país".

Virgílio Mandinga concluiu sublinhando que, juntos, podemos alcançar resultados significativos no domínio da saúde em São Tomé e Príncipe.

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