Abordagem intersetorial e pluridisciplinar são decisivos para promover a saúde e o bem-estar das populações

Abordagem intersetorial e pluridisciplinar são decisivos para promover a saúde e o bem-estar das populações

O desafio da intersetorialidade para a Promoção da Saúde e a produção de conhecimentos, projetos e iniciativas multissetoriais centraram as discussões do II Fórum Nacional de Promoção da Saúde promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) com o apoio da Organização Mundial da Saúde, cujas conclusões propugnam por uma abordagem intersetorial e pluridisciplinar para promover a saúde e garantir o bem-estar das populações.

Cabo Verde está a passar por uma mudança de paradigma na abordagem da saúde pública, colocando um novo foco na promoção dos estilos de vida saudáveis através da transversalidade das ações, envolvendo tanto o governo central como os governos municipais, o setor público e o privado, as universidades e as escolas, as organizações da sociedade civil e as associações de base comunitária.

O Ministro da Saúde e Segurança Social, Dr. Arlindo do Rosário, destacou a importância de continuar a abordagem multissetorial da Promoção da Saúde, colocando o foco nas pessoas, comunidades e famílias para assegurar o seu bem-estar ao longo de todo o ciclo da vida. “Promover os ambientes saudáveis com iniciativas como as Cidades Saudáveis que ajudem a corrigir as assimetrias entre as ilhas e entre as zonas rurais e urbanas tornando o acesso a saúde mais equitativo”, frisou.

“A Promoção da Saúde é a área de intervenção da saúde mais democratizada, mais acessível a todos, pois esta área não é de competência exclusiva dos serviços e profissionais da saúde; todos somos chamados a contribuir na formação duma verdadeira saúde que é um produto social de como as pessoas vivem e trabalham”, salientou o Encarregado do Escritório da OMS em Cabo Verde, Dr. Tomas Valdez. 

O Fórum reconheceu o papel da Promoção da Saúde no contexto atual dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, como um catalisador da saúde e um instrumento de convergência de diversos atores para a melhoria da saúde das populações. O debate foi enriquecido com vários oradores internacionais que partilharam as suas experiências na promoção da saúde noutros países.

A Presidente do INSP, Dra. Maria da Luz Lima, defendeu uma visão mais abrangente da Promoção da Saúde que reforce as políticas públicas de saúde, com base na nova realidade epidemiológica do país e com foco na literacia em saúde e na saúde global para incentivar comunidades mais saudáveis.

A OMS tem contribuído para o desenvolvimento da Promoção da Saúde em Cabo Verde através de assistências técnicas e financeiras na elaboração e implementação dos documentos estratégicos orientadores, incluindo o Plano Nacional da Promoção da Saúde e a Estratégia de Desenvolvimento do INSP; assim como através de ações junto de outras entidades governamentais e da sociedade civil, tais como a promoção da atividade física, a segurança rodoviária, a iniciativa cidades saudáveis, as escolas e universidades promotoras de saúde, a promoção de uma alimentação saudável e o combate ao alcoolismo e tabagismo.

O II Fórum serviu para reforçar as políticas de Promoção da Saúde e as capacidades nacionais com vista à melhoria das intervenções de promoção da saúde enquadradas no contexto sanitário nacional e mundial. Em Cabo Verde, a promoção da saúde ocupa um lugar de destaque nas políticas públicas, estando presente tanto em documentos de políticas como textos programáticos de vários setores, para além da saúde.

Cabo Verde encontra-se em processo de transição da saúde nas diversas componentes: epidemiológica, demográfica, socioeconómica e nutricional. Isto faz com que o Sistema de Saúde esteja a reorientar a sua estratégia face aos desafios que as mudanças do perfil colocam, particularmente na organização das respostas sobre os determinantes e fatores de risco modificáveis, onde a promoção da saúde tem um papel fundamental.

Assim, durante o Fórum foram consideradas as grandes temáticas e orientações, designadamente os ODS e Saúde Global; as mudanças climáticas, incluindo as questões da qualidade do ar e água, tendo em conta as especificidades dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS); a promoção de ambientes saudáveis no quadro da iniciativa cidades saudáveis; e a segurança sanitária no quadro da abordagem “Uma só Saúde”.

A OMS participou ativamente neste evento com duas apresentações, uma sobre o Acesso Universal à Promoção da Saúde no contexto de Cabo Verde e outra sobre as Orientações Estratégicas da OMS na Promoção da Saúde, proferidas por Tomás Valdez e Edith Pereira respetivamente. Também participaram no Fórum os técnicos da OMS Flávia Semedo, Antonio Palazuelos Prieto e José Teixeira.

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