Actividades da OMS na Região Africana 2016 - 2017: Relatório Bienal da Directora Regional

Actividades da OMS na Região Africana 2016 - 2017: Relatório Bienal da Directora Regional

O presente Relatório Bienal dá uma panorâmica geral do contributo da OMS na Região Africana para a melhoria da saúde nos países, mediante o apoio prestado aos Estados-Membros em colaboração com parceiros do desenvolvimento no domínio da saúde. As actividades realizaram-se num período de crescente optimismo, tendo o balanço dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio realçado os progressos significativos realizados pelos países africanos, inclusive na redução de novos casos de infecções com o VIH, nomeadamente entre pessoas jovens, e da mortalidade infantil associada ao VIH. O lugar ocupado pela saúde na agenda mundial do desenvolvimento continua a progredir. Aliás, durante a cimeira que os reuniu este ano na Alemanha, os Chefes de Estado do G20 assinalaram esse facto e comprometeram-se a uma acção comum para precaver as crises sanitárias, fortalecer os sistemas de saúde e combater a resistência antimicrobiana. Pelo seu lado, os Chefes de Estado da União Africana aprovaram declarações relativas à vacinação e ao Regulamento Sanitário Internacional, respectivamente em Janeiro e Julho de 2017.

Os Estados-Membros da Região Africana souberam aproveitar as oportunidades abertas graças ao reconhecimento mundial da urgência em melhorar a capacidade e a prontidão dos países para lidar com os surtos de doenças e as emergências de saúde pública. Algo que o trágico surto de doença por vírus Ébola na África Ocidental veio evidenciar. Temos liderado avaliações independentes das capacidades nacionais e estamos a apoiar o desenvolvimento de planos no intuito de colmatar as lacunas existentes; esta iniciativa ajudará a mobilizar os recursos necessários, a aproximar os países dos requisitos do RSI e a assegurar que uma epidemia com tamanha magnitude não se volte a repetir. A reformulação do Programa da OMS para as Emergências Sanitárias tem evoluído a bom ritmo, inclusivamente já demonstrou melhor eficácia e rapidez na ajuda ao controlo dos surtos de meningite, febre de Lassa, febre do Vale do Rift, cólera e febreamarela na Região.

Dr.a Matshidiso Moeti
Directora Regional da OMS para África